Depressão pós-parto: existe explicação?

Não importa o quanto a mulher desejou ser mãe e nem o quanto a família está feliz com a chegada do bebê. Uma coisa que muitos não te contam sobre a maternidade é que você, provavelmente, nunca mais estará sozinha. Na confusão de sentimentos, é possível ter uma “sensação de luto” pela pessoa que você era e que agora não é mais, afinal tudo mudou e isso assusta. Todo esse processo de adaptação pode gerar a depressão pós-parto.

Sem contar com a “bomba” de hormônios que o seu corpo está tentando administrar no puerpério, juntamente com o seu cérebro, que desde o começo da gravidez está processando inúmeras informações novas – quantas coisas ao mesmo tempo, não é?

Mas você não está sozinha! Vamos explicar o que a ciência diz sobre a depressão pós-parto, seus sintomas e quais os passos que você pode seguir para continuar curtindo a maternidade de forma leve e feliz, mesmo com tantos desafios. 

Como acontece a depressão pós-parto?

A tristeza pós-parto pode acometer muitas mamães, que passam a apresentar uma instabilidade emocional em razão dos hormônios e que é passageira. Isso é chamado de baby blues – geralmente acontece no terceiro dia após o nascimento do bebê e desaparece espontaneamente em até 15 dias. 

Já a depressão pós-parto pode começar semanas após o nascimento, fazendo a mãe se sentir incapacitada, com dificuldades para realizar tarefas do dia a dia, prejudicando até o vínculo com o filho – a condição é identificada em cerca de 25% das mulheres. 

É difícil saber no primeiro momento, mas se você deu à luz há alguns meses, fique atenta aos comportamentos:

  1. Tristeza: não é só pelo fato de não se achar boa o suficiente para criar um filho. Vai além, invade outros contextos da sua vida!;
  2. Desinteresse: falta de ânimo com atividades e tarefas que antigamente gostava – seja ler ou assistir à TV no pouco tempo livre. O fato da licença-maternidade estar no fim e ter que que reassumir seu cargo não te preocupa, pois existe o sentimento de “tanto faz”;
  3. Sonolência: falta de energia o dia todo, fora do normal, e que pode gerar desde a falta de apetite até o desinteresse sexual pelo parceiro;
  4. Ansiedade: pode parecer contraditório, mas você pode ter ataques de pânico ou desenvolver comportamentos superprotetores com a criança, verificando a cada instante se ela está respirando, por exemplo. O contrário também pode ocorrer, como o desinteresse pelos cuidados com o bebê.

Fui diagnosticada com depressão pós-parto, e agora? 

O diagnóstico deve ser feito por um médico psiquiatra, seguindo protocolos pré-definidos e baseados no seu relato, pois cada caso é único e somente um especialista é capaz de concluir o que os sinais do seu corpo estão querendo dizer.

Lembre-se que seu corpo tem memória. Se você teve quadros de depressão diagnosticados antes ou durante a gravidez, a probabilidade de desenvolver a depressão pós-parto é maior – mesmo que tenha sido tratada.

O tratamento da depressão pós-parto é feito caso a caso, com medicamentos antidepressivos combinados com psicoterapia, a depender da recomendação médica. Nesse momento, a rede de apoio é fundamental, seja família, amigos ou o(a) parceiro(a) que te acompanha! 

É muito importante que você e as pessoas próximas participem de todo o processo de cura. Lembrando que, de acordo com cada necessidade, os especialistas também podem recomendar exercícios para fortalecer os laços entre mamãe e bebê, além de terapia hormonal.

Pode contar com a nossa ajuda, marcando sua consulta aqui.

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