Os DIUs são dispositivos intra-uterinos utilizados como método contraceptivo de longa duração (podem ser utilizados de 5 a 10 anos dependendo do tipo), possuem uma alta eficácia, ou seja, uma taxa de falha menor que 1% e são muito práticos no seu uso.
Existem dois tipos de DIUs, os não hormonais (cobre e cobre com prata) e os hormonais (Mirena e Kyleena). Os não hormonais como o próprio nome diz não liberam hormônio, são uma ótima opção para mulheres que não podem utilizá-los por terem antecedente de alguma doença que contra-indica o uso ou para aquelas mulheres que não querem utilizar hormônios pelos efeitos colaterais que podem causar. Já os hormonais ajudam na diminuição do fluxo menstrual e até mesmo na sua interrupção, oferecendo assim maior qualidade de vida nesses períodos de sangramento que para algumas mulheres são intensos e com muita cólica.
DIUs não hormonais
Os Dius não hormonais são os de cobre e cobre com prata. Ambos possuem a mesma eficácia de contracepção, porém alguns estudos mostram que a prata associada ao cobre diminui o fluxo menstrual em relação ao DIU só de cobre. Ambos tem longa duração (cobre 3, 5 ou 10 anos e cobre com prata 5 anos) e podem ser retirados a qualquer momento com retorno da fertilidade no mesmo momento. Eles não bloqueiam a ovulação, por isso o ciclo menstrual ocorre normalmente, inclusive os sintomas de TPM (transtorno pré-menstrual). Sua ação de evitar a gravidez ocorre por alterar o endométrio gerando um ambiente hostil para os espermatozoides evitando que cheguem até as trompas além da sua ação espermicida.
DIUs hormonais
Os DIUs hormonais são dispositivos que estão associados a um hormônio progestágeno chamado levonorgestrel, essa associação permite que algumas mulheres fiquem sem menstruar (cerca de 65% das usuárias) ou tenham um fluxo menstrual muito reduzido. Por isso esse método pode ser bem indicado quando a menstruação atrapalha a qualidade de vida da mulher. Sua ação hormonal é mais local, ou seja, possui baixa absorção sistêmica e por isso poucos efeitos colaterais comparado a pílulas, além disso não bloqueia a ovulação e sua eficácia contraceptiva ocorre por alteração do endométrio, ação espermicida, além de alterar o muco do colo uterino impedindo a entrada do espermatozóide na cavidade uterina. No mercado exitem dois tipos, o Kyleena que possui tamanho menor e concentração hormonal mais baixa por isso sua inserção causa menor desconforto e também seria mais indicado para mulheres com útero pequeno. O outro tipo é o Myrena que possui uma concentração hormonal maior e por isso maior sucesso na ação de cessar o fluxo menstrual.
Qual o melhor DIU?
Em relação à eficácia, ou seja, taxa de sucesso em evitar uma gestação não desejada, ambos os tipos (hormonais e não-hormonais) são seguros com eficácia de mais de 99%, porém outros fatores devem ser avaliados como desejo de diminuição ou de interromper o fluxo menstrual. Além disso os antecedentes ginecológicos precisam ser considerados na indicação do melhor tipo de DIU (como miomas, endometriose, tamanho uterino etc). Por isso é fundamental para o sucesso do método contraceptivo que aconteça uma consulta ginecológica para avaliação desses fatores e para identificar as expectativas da mulher com esse método. Dessa forma o sucesso será muito maior e a adaptação mais tranquila com menos efeitos colaterais. Evite colocar DIU com especialistas que não farão seu acompanhamento ginecológico, pois a sua inserção não é isenta de riscos e efeitos colaterais e ter um ginecologista que conhece você e seu histórico fará difereça para te proprocionar maior segurança.
O melhor DIU será sempre aquele indicado após uma avaliação ginecológica que explique os riscos e benefícios do método, efeitos colaterais, que considere as suas expectativas e que seja feita por um ginecologista que conhece seu histórico e continuará seu acompanhamento após.